Fiquei no restaurante até cerca das 2 da manhã – a Cristina à muito tinha ido para o quarto descansar.
Entretanto tinha começado a funcionar uma discoteca mesmo por baixo do café / restaurante e o barulho era bastante incomodativo.
Disse ao proprietário deste complexo que não deveria alugar quartos naquelas condições e fiquei a saber que este senhor já há muito que liga para a GNR a queixar-se desta situação, mas nada acontece. Chega a ligar 2 e 3 vezes por noite, pois ele e a sua família, que inclui um bebé, também ali residem e nas noites em que a discoteca funciona não conseguem descansar.
Eu própria ouvi a bebe chorar através do intercomunicador passava pouco das 2 da manhã.
Este senhor afirmou até já se ter deslocado pessoalmente ao posto da GNR de Ponte da Barca na esperança de resolver a situação, mas ficou tudo igual.
Acabei por ligar eu para o posto local da GNR e, com muito espanto meu, fizeram-me perguntas como se de nada soubessem: “Qual é o Restaurante onde está?; E onde é que disse que está a dormir? A senhora diz que há uma discoteca por baixo?; E que faz muito barulho?” etc, etc, etc.
A dada altura perguntei ao guarda que me atendeu se estava a gozar comigo, pois a situação é bem conhecida deste posto da GNR e a resposta adiantada foi que como não tinham um sonómetro para medir a intensidade do ruído nada poderiam fazer a esse respeito.
Ainda assim disse-me que ia enviar uma patrulha e pediu-me que esperasse a sua chegada, mas sem me informar quanto tempo iriam demorar.
Claro que fui para o quarto - a Cristina ainda não tinha conseguido adormecer.
Às 3h40 tudo estava igual e liguei de novo para o mesmo posto da GNR.
Informaram-me que já lá tinham ido e que o proprietário tinha uma licença prévia.
Eu perguntei se essa licença lhe dava o direito de funcionar sem isolamento sonoro e fazer todo aquele barulho para o exterior.
Responderam-me que como não esperei na rua não foram ao quarto verificar se naquele local o ruído incomodava – ora se eu identifiquei onde estava a dormir, obviamente que se estivessem interessados teriam batido à porta, certo ??? E não seria preciso ir ao quarto, pois o ruído era audível certamente a largas dezenas de metros (ou mais) de distância.
Informei o guarda (o mesmo com quem tinha falado antes) que iria fazer queixa deste posto da GNR pela sua actuação e de manhã soube que a patrulha se deslocou de novo às 5h40 e autuou o proprietário da discoteca.
Estranho….
Porque não autuaram na primeira deslocação??
Porque permitiram que o barulho continuasse até aquela hora?
Com que base autuaram? O que existia na segunda visita que não existia na primeira?
Será que tiveram receio da minha queixa (que certamente irei fazer quando chegar a Lisboa) e resolveram autuar para se poderem justificar perante os seus comandos superiores?????
Infelizmente assim é… e mais do que me contaram não posso (ou não devo) escrevê-lo aqui. Mas não é preciso – já todos perceberam!!
Infelizmente no meio desta situação está uma família, incluindo um bebé, que não dorme de cada vez que esta discoteca funciona impunemente!
E assim vai o nosso país!
Nós adormecemos exaustas de cansaço, depois de um dia passado na estrada, pelas 5h00, com o ruído exactamente igual.
E naturalmente recomeçámos tarde a viagem e ainda com muito sono e cansaço.
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